Amor na maturidade
é amor igual
ao amor da flor da idade!
É amor que faz a gente sonhar
rir a toa e ficar meio bobo
faz a gente ficar leve, e metido a poderoso
com ares de sabe tudo,
com porte de rara beleza,
ao sentir a própria riqueza,
dos sortudos ...
A questão, é só o desassossego...
verbo difícil de escrever,conjugar e de sentir na pele,
que eu duvido nesse que mundo, quem fica indiferente,
aos seus apertos profundos... no coração e na mente...
Esse verbo complicado, safado, maldoso,
e que nunca tinha sentido nem na escrita
é coisa da amoridade
pois quem pensa que o amor é conforto,
nunca amou ou viveu, e provou,
desse amor mais gostoso,
aquele inusitado, surpreendente
que tira o chão, bagunça toda a sua arrumação
que com sutileza e sagacidade, desafia até a gravidade
para se estabelecer soberano de tesão em sua vida!
É amor de gente grande, sem pudor ou mimimi,
o amor sem tempo marcado, e sem medo de ser feliz...
O único problema é o desassossego, precisamente,
é tanto compromisso e responsabilidade
tanto stress e temor...
que o preço,quase sempre alto demais
torna esse amor
uma obra de quase impossível realização.
Daí se explica tanta gente sozinha,
em depressão eminente,
dor no peito,frieza, obesidade e carrancas...
É muito amor desperdiçado, em desserviço,
carregado no coração como um fardo...
É que Ele, o amor,
que sabe da sua importância,
recolhe-se embrutecido,
ao recôndito das almas perdidas...
na angustia da desmarcação e da marcação cerrada,
e da falta de tempo, e oportunidade
dos padrões jurassicamente estabelecidos
pelo cotidiano,
de uma vida vazia de sentido.
E é tanto abraço contido,
É tanto beijo não dado...
Muita solidão com sensação de fracasso,
mas, com titulo bonito: sucesso.