quarta-feira, 17 de abril de 2013

Persistência



Mesmo ferindo as rosas que eu trouxe pra você, mesmo batendo com desprezo na minha porta de madrugada, mesmo colocando um saco plástico no meu coração sufocando-o. Eu te quero mesmo assim.
Te perdoo por ter tanto de mim e usar tão pouco. Me usa, me reescreve, me coloca no lugar, me tira desse lugar, me coloca no seu coração.
Desistir no meio do caminho, te colocar no colo e carregá-la nas costas até o caminho certo, até o caminho da minha casa.

Amar-te na doença, odiar-te no desespero da noite que me cala os gritos. Sussurra no meu ouvido que amar no desespero é quase querer que o desespero continue. E quero.
Porque te amo quando me sinto o ar, eu sou o teu ar até o final da vida. Te perdoo quando entras em colapso e prende a respiração me fazendo ser necessária para 1 bilhão de pessoas e ignorada por quem deveria abrir as artérias e me respirar e inspirar. 

R-e-s-p-i-r-a-r e i-n-s-p-i-r-a-r. Eu te quero mesmo assim.
Quando minhas palavras são ignoradas pela sua escuridão.  Quando você não entra no abrigo do meu desespero. Eu te amo. Quem não amaria? Você.
 
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