Esse blog resulta do amor...do amor vivido , sentido,sonhado, querido, frustrado, encontrado, deliciado,desejado, enfim é amor do começo ao fim ! Amor prá todo lado! Amar,é verbo que não conjuga só,é isso que escrevo aqui...em forma de poesia, musica, imagens... Eu acredito no amor, eu vi ,eu vivi. Ele existe, é tudo verdade o que dizem..dolorosa delicia, e maior presente da vida!
sábado, 17 de julho de 2021
Legado
Achei você no meu jardim...entristecido, coração partido bichinho arredio!
Peguei você pra mim, como a um bandido, cheio de vícios e fiz assim, fiz assim... reguei com tanta paciência, podei as dores, as mágoas, doenças...que nem as folhas secas vão embora, eu trabalhei!
Fiz tudo, todo meu destino, eu dividi, ensinei de pouquinho... gostar de si, ter esperança e persistência. Sempre!
A minha herança pra você...é uma flor com um sino, uma canção, um sonho em uma árvore ou uma pedra, eu deixarei a minha herança pra você...é o amor capaz de fazê-lo tranquilo, pleno, reconhecendo o mundo, o que há em si.
E hoje nos lembramos, sem nenhuma tristeza, dos foras que a vida nos deu, ela com certeza estava juntando você e eu.
Compositores: Da Mata Ferreira Vanessa Sigiane
O amor acaba?
O amor acaba? Acaba sim,numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba no elevador, como se lhe faltasse energia; o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve.
Em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fosse melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; no álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto que o amor acaba.
Paulo Mendes Campos
sexta-feira, 9 de julho de 2021
Desapego
Depois de sonhar tantos anos, de fazer tantos planos,de um futuro pra nós...
Depois de tantos desenganos,nós nos abandonamos como tantos casais!
Quero que você seja feliz! Hei de ser feliz também!
Depois de varar madrugada...esperando por nada, de arrastar-me no chão, em vão, nós nos viramos as costas
Não tinhamos as respostas, que a gente precisava escutar!
Quero que você seja melhor!
Hei de ser melhor também!
Nós dois, já tivemos momentos, mas passou nosso tempo,não podemos negar!
Foi bom...nós fizemos história, prá ficar na memória, e nos acompanhar!
Quero que você viva sem mim, e eu vou conseguir também, depois de aceitarmos os fatos,
Vamos ter liberdade,para amar à vontade sem trair mais ninguém!
Quero que você seja feliz!
Hei de ser feliz também!
Compositores: Antonio Carlos Santos de Freitas / Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho / Marisa de Azevedo Monte
Do fundo do meu coração!
Eu, cada vez que vi você chegar me fazer sorrir e me deixar,
decidido, eu disse nunca mais! Mas, novamente estúpido provei
desse doce amargo quando eu sei,cada volta sua o que me faz!
Vi todo o meu orgulho em sua mão,deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim!
Mas, basta agora o que você me fez!Acabe com essa droga de uma vez!
Não volte nunca mais pra mim!
Mais uma vez, aqui olhando as cicatrizes desse amor,eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor...
Agora eu tenho que saber, o que é viver sem você?
Eu, toda vez que vi você voltar, eu pensei que fosse pra ficar,e mais uma vez falei que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão, do fundo do meu coração, não volte nunca mais pra mim!
Mais uma vez aqui, olhando as cicatrizes desse amor...eu vou ficar aqui, e sei que vou chorar a mesma dor!
Se você me perguntar se ainda é seu, todo o meu amor, eu sei que eu certamente vou dizer que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão, do fundo do meu coração, não volte nunca mais pra mim
Do fundo do meu coração, não volte nunca mais pra mim
Compositores: Esteves Erasmo / Braga Roberto Carlos
Quando você quer...
O que você quer você não deixa de querer tão fácil!
Bêbado você ainda quer!
Em perigo você quer!
Perdido, ainda quer!
O que você quer?
O que você quer mesmo,permanece em você, todo mundo vê!
Na cadeia você não deixa de querer...
No hospício não deixa de querer...
No inferno, ainda quer!
O que você quer?
O que você quer de verdade?
O que você quer estará com você quando você se lembrar
O que você quer,estará em você quando você não se lembrar, pois
o que você quer não perde no baralho, dinheiro não compra,
conselhos não matam,o tempo não toma!
O que você quer, de verdade,cego você continua querendo
Velho você continua querendo,onde você estiver continua tendo
já que o que você quer, está com você no seu pensamento de forma constante!
Extremo
O seu esporte preferido é brigar comigo... e o meu esporte é te amar!
Por isso a conta não fecha...e nunca vai fechar!
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